As emoções são estados interiores, caracterizados por
pensamentos, sensações, reações fisiológicas e comportamentos expressivos
específicos. Elas surgem de forma súbita e parecem difíceis de se controlar.
Também, não determinam o comportamento, mas aumentam o incitamento, a
reatividade ou a irritabilidade; não podendo serem observadas ou medidas
diretamente.
Gael irritado!
Não se sabe ao certo quantas emoções as pessoas sentem
mas, estudos apontam que 10 (dez) delas podem ser experienciadas pelo mundo
inteiro – são as chamadas emoções universais: alegria, raiva,
desagrado, medo, surpresa, tristeza, interesse, vergonha, desprezo e culpa.
Para explicar o surgimento das emoções, destacam-se 02
(duas) teorias: a Teoria da Resposta Periférica e a Teoria do Incitamento
Inespecífico. Até o momento, não se favorece um único modelo, ao contrário,
aspectos de cada uma das teorias encontram suporte, o que demonstra que ambas
estão parcialmente corretas, pois, sinais variados – faciais, fisiológicos,
cognitivos e situacionais –, contribuem para as experiências emocionais.
Festa à fantasia do Tanaka - Medoooo
Assim, as emoções se constituem/são feitas de componentes
subjetivos, comportamentais e fisiológicos, vejamos:
O componente subjetivo é o aspecto mais vívido das
emoções, eis que, se compõe dos sentimentos e dos pensamentos refletidos no
rosto humano. Schlosberg ([20--] apud DAVIDOFF, 2004, p. 371), classifica 03 (três) dimensões que descrevem os sentimentos
expressos no rosto:
A primeira vai de agradável a desagradável.
A segunda
dimensão vai da atenção até sua rejeição.
E, a terceira etapa vai do intenso ao
neutro.
Jogo do Brasil - Eliminação na Copa 2010
O componente comportamental atua durante as respostas
emocionais, englobando as expressões faciais, os gestos e as ações. Os músculos
faciais são muito responsivos a emoção. Diz Schwartz ([20--] citado por DAVIDOFF, 2004, p. 371) que “o simples fato de ter pensamentos felizes
ou tristes movimenta padronizadamente os músculos faciais”. A
universalidade das expressões faciais, são programadas nos seres humanos por
meio de seus gens.
Theo e suas acrobacias
Enquanto a hereditariedade modela a gama de respostas
humanas às emoções, os indivíduos aprendem gestos e ações – expressões
emocionais – , também de suas famílias, ou mesmo, através de pessoas de seu
convívio. Algumas respostas são escolhidas pela imitação e pela observação.
Aquilo que se torna habitual depende em parte das consequências.
André e Theo
Explicado o componente comportamental, passamos ao último
deles, o componente fisiológico. CANNON ([20--] parafraseado DAVIDOFF, 2004,
p. 373), sugeriu que “[...] o componente físico
de uma emoção intensa supre os animais de energia, a qual ajuda a lidar com as
emergências que originaram a emoção”. Com isso, as mesmas alterações
fisiológicas que proporcionaram mais energia, também intensificaram as
experiências emocionais. Reações físicas como: tremer, corar, empalidecer,
suar, respirar rapidamente, sentir tontura e sensações de fraqueza emprestam às
emoções uma qualidade de urgência e poder.
Aquário de Lisboa
Ao final, conclui-se que os componentes subjetivos,
comportamentais e fisiológicos estão entrelaçados e são interativos, estando
continuamente exercendo influências entre si. Por isso, sabe-se que as emoções
são mistas, embora tendamos a pensar que não. E, não só são mistas como também
estão ligadas a motivos e vice-versa, por isso, apresentam-se em constante
mudança –, portanto, volúveis.
DAVIDOFF,
L. L., Introdução à Psicologia. São
Paulo: Makron Boocks, 2004.
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