segunda-feira, 25 de junho de 2012

Emoções


As emoções são estados interiores, caracterizados por pensamentos, sensações, reações fisiológicas e comportamentos expressivos específicos. Elas surgem de forma súbita e parecem difíceis de se controlar. Também, não determinam o comportamento, mas aumentam o incitamento, a reatividade ou a irritabilidade; não podendo serem observadas ou medidas diretamente.

Gael irritado!
 
Não se sabe ao certo quantas emoções as pessoas sentem mas, estudos apontam que 10 (dez) delas podem ser experienciadas pelo mundo inteiro – são as chamadas emoções universais: alegria, raiva, desagrado, medo, surpresa, tristeza, interesse, vergonha, desprezo e culpa.

Para explicar o surgimento das emoções, destacam-se 02 (duas) teorias: a Teoria da Resposta Periférica e a Teoria do Incitamento Inespecífico. Até o momento, não se favorece um único modelo, ao contrário, aspectos de cada uma das teorias encontram suporte, o que demonstra que ambas estão parcialmente corretas, pois, sinais variados – faciais, fisiológicos, cognitivos e situacionais –, contribuem para as experiências emocionais.

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Assim, as emoções se constituem/são feitas de componentes subjetivos, comportamentais e fisiológicos, vejamos:

O componente subjetivo é o aspecto mais vívido das emoções, eis que, se compõe dos sentimentos e dos pensamentos refletidos no rosto humano. Schlosberg ([20--] apud DAVIDOFF, 2004, p. 371), classifica 03 (três) dimensões que descrevem os sentimentos expressos no rosto: 

A primeira vai de agradável a desagradável. 
A segunda dimensão vai da atenção até sua rejeição. 
E, a terceira etapa vai do intenso ao neutro.

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O componente comportamental atua durante as respostas emocionais, englobando as expressões faciais, os gestos e as ações. Os músculos faciais são muito responsivos a emoção. Diz Schwartz ([20--] citado por DAVIDOFF, 2004, p. 371) que “o simples fato de ter pensamentos felizes ou tristes movimenta padronizadamente os músculos faciais”. A universalidade das expressões faciais, são programadas nos seres humanos por meio de seus gens.

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 Enquanto a hereditariedade modela a gama de respostas humanas às emoções, os indivíduos aprendem gestos e ações – expressões emocionais – , também de suas famílias, ou mesmo, através de pessoas de seu convívio. Algumas respostas são escolhidas pela imitação e pela observação. Aquilo que se torna habitual depende em parte das consequências.

                                     André e Theo

Explicado o componente comportamental, passamos ao último deles, o componente fisiológico. CANNON ([20--] parafraseado DAVIDOFF, 2004, p. 373), sugeriu que “[...] o componente físico de uma emoção intensa supre os animais de energia, a qual ajuda a lidar com as emergências que originaram a emoção”. Com isso, as mesmas alterações fisiológicas que proporcionaram mais energia, também intensificaram as experiências emocionais. Reações físicas como: tremer, corar, empalidecer, suar, respirar rapidamente, sentir tontura e sensações de fraqueza emprestam às emoções uma qualidade de urgência e poder.

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Ao final, conclui-se que os componentes subjetivos, comportamentais e fisiológicos estão entrelaçados e são interativos, estando continuamente exercendo influências entre si. Por isso, sabe-se que as emoções são mistas, embora tendamos a pensar que não. E, não só são mistas como também estão ligadas a motivos e vice-versa, por isso, apresentam-se em constante mudança –, portanto, volúveis.

DAVIDOFF, L. L., Introdução à Psicologia. São Paulo: Makron Boocks, 2004.

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