sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Curso de Extensão em Perícias Judiciais


A Unoesc Virtual estará promovendo o Curso de Extensão em Perícias Judiciais, totalmente à distância, com carga horária de 60 horas/aula, a ser realizado em um período de aproximadamente 60 dias, iniciando-se em 1º de fevereiro de 2011.

Para o acompanhamento adequado, recomenda-se que o participante tenha disponibilidade de 1 hora/dia, distribuída entre leituras e atividades. No Portal de Ensino serão desenvolvidas as atividades de interação, de pesquisa e avaliações, de acordo com o ritmo e horários em que for mais conveniente para cada aluno; observando-se sempre o cronograma do curso. Os conteúdos serão elaborados por professores especialistas na área e disponibilizados no Portal de Ensino.

O Módulo 01 (Ética na perícia judicial) e o Módulo 02 (A prova pericial na sistemática processual civil) são de cunho obrigatório e servem de pré-requisito, se for de interesse do aluno, a qualquer uma das modalidades ofertadas no módulo 03 (A perícia judicial – aspectos particulares), as quais serão disponibilizadas de forma individualizada, de modo que um mesmo aluno poderá escolher dentre os três módulos oferecidos, aquele que mais atenda aos seus interesses. Estes módulos específicos, nesta etapa inaugural, se centrará nas perícias: contábil, ambiental e médica trabalhista.

Assim, o curso tem como público alvo:

· Contadores;
· Profissionais do Direito;
· Economistas;
· Médicos;
· Engenheiros;
· Estudantes de Direito, Medicina, Engenharia, Ciências Contábeis, Administração e outras áreas;
· Demais interessados.

De acordo com seus objetivos, o Curso de Perícias Judiciais pretende levar ao seu público-alvo, conhecimento técnico operacional acerca dos laudos periciais, envolvendo os participantes em atividades que promovam seu aprimoramento pessoal e profissional.

As inscrições já estão disponíveis na página da Unoesc: http://www.unoesc.edu.br/cursos/extensao/per%C3%ADcias%20judiciais%20/joacaba

A disposição para quaisquer esclarecimentos,

_________________________________________________
Carolina de Figueiredo Furtado
Coordenadora do Curso de Extensão em Perícias Judiciais
Professora do Curso de Direito

domingo, 17 de outubro de 2010

Política para reflexão

"Carta Aberta aos Candidatos à Presidência da República

São Paulo, 17 de outubro de 2010

Prezada Dilma Rousseff, Prezado José Serra,

Agradeço, inicialmente, a deferência com que ambos me honraram ao manifestar interesse em minha colaboração e a atenção que dispensaram às propostas e ideias contidas na "Agenda para um Brasil Justo e Sustentável" que nós, do Partido Verde, lhes enviamos neste segundo turno das eleições presidenciais de 2010.

Embora seus comentários à Agenda mostrem afinidades importantes com nosso programa, gostaríamos que avançassem em clareza e aprofundamento no que diz respeito aos compromissos. Na verdade, entendemos que somos o veículo para um diálogo de ambos com os eleitores a respeito desses temas. Nesse sentido, mantemo-nos na posição de mediadores, dispostos a continuar colaborando para que esse processo alcance os melhores resultados.

Aos contatos que tivemos e aos documentos que compartilhamos, acrescento esta reflexão, que traz a mesma intenção inicial de minha candidatura: debater o futuro do Brasil.


Quero afirmar que o fato de não ter optado por um alinhamento neste momento não significa neutralidade em relação aos rumos da campanha. Creio mesmo que uma posição de independência, reafirmando ideias e propostas, é a melhor forma de contribuir com o povo brasileiro.

Já disse algumas vezes que me sinto muito feliz por, aos 52 anos, estar na posição de mantenedora de utopias, como os brasileiros que inspiraram minha juventude com valores políticos, humanos, sociais e espirituais. Hoje vejo que utopias não são o horizonte do impossível, mas o impulso que nos dá rumo, a visão que temos, no presente, do que será real e terreno conquistado no futuro.

É com esse compromisso da maturidade pessoal e política e com a tranquilidade dada pelo apreço e respeito que tenho por ambos que ouso lhes dirigir estas palavras.


Quando olhamos retrospectivamente a história republicana do Brasil, vemos que ela é marcada pelo signo da dualidade, expressa sempre pela redução da disputa política ao confronto de duas forças determinadas a tornar hegemônico e excludente o poder de Estado. Republicanos X monarquistas, UDN X PSD, MDB X Arena e, agora, PT X PSDB.

Há que se perguntar por que PT e PSDB estão nessa lista. É uma ironia da História: dois partidos nascidos para afirmar a diversidade da sociedade brasileira, para quebrar a dualidade existente à época de suas formações, se deixaram capturar pela lógica do embate entre si até as últimas consequências.

Ambos, ao rejeitarem o mosaico indistinto representado pelo guarda-chuva do MDB, enriqueceram o universo político brasileiro criando alternativas democráticas fortes e referendadas por belas histórias pessoais e coletivas de lutas políticas e de ética pública.

Agora, o mergulho desses partidos no pragmatismo da antiga lógica empobrece o horizonte da inadiável mudança política que o país reclama. A agressividade de seu confronto pelo poder sufoca a construção de uma cultura política de paz e o debate de projetos capazes de reconhecer e absorver com naturalidade as diferentes visões, conquistas e contribuições dos diferentes segmentos da sociedade, em nome do bem-comum.

A permanência dessa dualidade destrutiva é característica de um sistema politico que não percebe a gravidade de seu descolamento da sociedade. E que, imerso no seu atraso, não consegue dialogar com novos temas, novas preocupações, novas soluções, novos desafios, novas demandas, especialmente por participação política.


Paradoxalmente, PT e PSDB, duas forças que nasceram inovadoras e ainda guardam a marca de origem na qualidade de seus quadros, são hoje os fiadores desse conservadorismo renitente que coloniza a política e sacrifica qualquer utopia em nome do pragmatismo sem limites.

Esse pragmatismo, que cada um usa como arma, é também a armadilha em que ambos caem e para a qual levam o país. Arma-se o eterno embate das realizações factuais, da guerra de números e estatísticas, da reivindicação exclusivista de autoria quase sempre sustentada em interpretações reducionistas da história.

Na armadilha, prende-se a sociedade brasileira, constrangida a ser apenas torcida quando deveria ser protagonista, a optar por pacotes políticos prontos que pregam a mútua aniquilação.

Entendo, porém, que o primeiro turno de 2010 trouxe uma reação clara a esse estado de coisas, um sinal de seu esgotamento. A votação expressiva no projeto representado por minha candidatura e de Guilherme Leal sinaliza, sem dúvida, o desejo de um fazer político diferente.

Se soubermos aproveitá-la com humildade e sabedoria, a realização do segundo turno, tendo havido um terceiro concorrente com quase 20 milhões de votos, pode contribuir decisivamente para quebrar a dualidade histórica que tanto tem limitado os avanços políticos em nosso país.

Esta etapa eleitoral cria uma oportunidade de inflexão para todos, inclusive ou principalmente para vocês que estão diante da chance de, na Presidência da República, liderar o verdadeiro nascimento republicano do Brasil.


Durante o primeiro turno, quando me perguntavam sobre como iria compor o governo e ter sustentação no Congresso Nacional, sempre dizia que, em bases programáticas, iria governar com os melhores de cada partido. Peço que vejam na votação concedida à candidatura do PV algo que ultrapassa meu nome e que não se deixem levar por análises ligeiras.

Esses votos não são uma soma indistinta de pendores setoriais. Eles configuram, no seu conjunto, um recado político relevante. Entendo-os como expressão de um desejo enraizado no povo brasileiro de sair do enquadramento fatalista que lhe reservaram e escolher outros valores e outros conteúdos para o desenvolvimento nacional.


E quem tentou desqualificar principalmente o voto evangélico que me foi dado, não entendeu que aqueles com quem compartilho os valores da fé cristã evangélica, vão além da identidade espiritual. Sabem que votaram numa proposta fundada na diversidade, com valores capazes de respeitar os diferentes credos, quem crê e quem não crê. E perceberam que procurei respeitar a fé que professo, sem fazer dela uma arma eleitoral.

Os exemplos de cristãos como Martin Luther King e Nelson Mandela e do hindu Mahatma Ghandi mostram que é possível fazer política universal com base em valores religiosos. São inspiração para o mundo. Não há porque discriminar ou estigmatizar convicções religiosas ou a ausência delas quando, mesmo diferentes, nos encontramos na vontade comum de enfrentar as distorções que pervertem o espaço da política. Entre elas, a apropriação material e imaterial indevida daquilo que é público, seja por meio de corrupção ou do apego ao poder e a privilégios; a má utilização de recursos e de instrumentos do Estado; e o boicote ao novo.


Assim, ao contrário de leituras reducionistas, o apoio que recebi dos mais diversos setores da sociedade revela uma diferença fundamental entre optar e escolher. Na opção entre duas coisas pré-colocadas e excludentes, o cidadão vota "contra' um lado, antes mesmo de ser a favor de outro. Na escolha, dá-se o contrário: o voto se constrói na história, na ampliação da cidadania, na geração de novas alternativas em uma sociedade cada vez mais complexa.

A escolha, agora, estende-se a vocês. É a atitude de vocês, mais que o resultado das urnas, que pode demarcar uma evolução na prática política no Brasil. Podemos permanecer no espaço sombrio da disputa do poder pelo poder ou abrir caminho para a política sustentável que será imprescindível para encarar o grande desafio deste século, que é global e nacional.

Não há mais como se esconder, fechar os olhos ou dar respostas tímidas, insuficientes ou isoladas às crises que convergem para a necessidade de adaptar o mundo à realidade inexorável ditada pelas mudanças climáticas. Não estamos apenas diante de fenômenos da natureza.

O mega fenômeno com o qual temos que lidar é o do encontro da humanidade com os limites de seus modelos de vida e com o grande desafio de mudar. De recriar sua presença no planeta não só por meio de novas tecnologias e medidas operacionais de sobrevivência, mas por um salto civilizatório, de valores.

Não se trata apenas de ter políticas ambientais corretas ou a incentivar os cidadãos a reverem seus hábitos de consumo. É necessária nova mentalidade, novo conceito de desenvolvimento, parâmetros de qualidade de vida com critérios mais complexos do que apenas o acesso crescente a bens materiais.

O novo milênio que se inicia exige mais solidariedade, justiça dentro de cada sociedade e entre os países, menos desperdício e menos egoísmo. Exige novas formas de explorar os recursos naturais, sem esgotá-los ou poluí-los. Exige revisão de padrões de produção e um fortíssimo investimento em tecnologia, ciência e educação.

É esse, em síntese, o sentido do que chamamos de Desenvolvimento Sustentável e que muitos, por desconhecimento ou má-fé, insistem em classificar como mera tentativa de agregar mais alguns cuidados ambientais ao mesmo paradigma vigente, predador de gente e natureza.

É esse mesmo Desenvolvimento Sustentável que não existirá se não estiver na cabeça e no coração dos dirigentes políticos, para que possa se expressar no eixo constitutivo da força vital de governo. Que para ganhar corpo e escala precisa estar entranhado em coragem e determinação de estadista. Que será apenas discurso contraditório se reduzido a ações fragmentadas logo anuladas por outras insustentáveis, emanadas do mesmo governo.

E, finalmente, é esse o Desenvolvimento Sustentável cujos objetivos não se sustentarão se não estiver alicerçado na superação da inaceitável, desumana e antiética desigualdade social. Esta é ainda a marca mais resistente da história brasileira em todos os tempos, em que pesem os inegáveis avanços econômicos dos últimos 16 anos, que nos levaram à estabilidade econômica, e das recentes conquistas sociais que tiraram da linha da pobreza mais de 24 milhões de pessoas e elevaram à classe média cerca de 30 milhões de pessoas.


A sociedade, em sua sábia intuição, está entendendo cada vez mais a dimensão da mudança e o compromisso generoso que ela implica, com o país, com a humanidade e com a vida no Planeta. Os votos que me foram dados podem não refletir essa consciência como formulação conceitual, mas estou certa de que refletem o sentimento de superação de um modelo. E revelam também a convicção de que o grande nó está na política porque é nela que se decide a vida coletiva, se traçam os horizontes, se consolidam valores ou a falta deles.

Essa perspectiva não foi inventada por uma campanha presidencial. Os votos que a consagram estão sendo gestados ao longo dos últimos 30 anos no Brasil, desde que a luta pela reconquista da democracia juntou-se à defesa do meio ambiente e da qualidade de vida nas cidades, no campo e na floresta.

Parte importante da nossa população atualizou seus desafios, desejos e perspectivas no século 21. Mas ainda tem que empreender um esforço enorme e muitas vezes desanimador para ser ouvida por um sistema político arcaico, eleitoreiro, baseado em acordos de cúpula, castrador da energia social que é tão vital para o país quanto todas as energias de que precisamos para o nosso desenvolvimento material.


Estou certa de que estamos no momento ao qual se aplica a frase atribuída a Victor Hugo: "Nada é mais forte do que uma idéia cujo tempo chegou".

O segundo turno é uma nova chance para todos. Para candidatos e coligações comprometerem-se com propostas e programas que possam sair das urnas legitimados por um vigoroso pacto social entre eleitos e eleitores. Para os cidadãos, que podem pensar mais uma vez e tornar seu voto a expressão de uma exigência maior, de que a manutenção de conquistas alie-se à correção de erros e ao preparo para os novos desafios.

Mesmo sem concorrer, estamos no segundo turno com nosso programa, que reflete as questões aqui colocadas. Esta é a nossa contribuição para que o processo eleitoral transcenda os velhos costumes e acene para a sustentabilidade política que almejamos.

Como disse, ousei trazer a vocês essas reflexões, mas não como formalidade ou encenação política nesta hora tão especial na vida do país. Foi porque acredito que há terreno fértil para levarmos adiante este diálogo. [...].

[...].

Que Deus continue guiando nossos caminhos e abençoando nossa rica e generosa nação.

Marina Silva"

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Convite a vida

Hoje abri meu e-mail e dentre tantos que ocupam a minha caixa de entrada, havia um especial que me propunha um convite a vida.

Praia dos Carneiros, PE

Era um e-mail da minha amiga Flavinha que há um mês perdeu o maior tesouro de sua vida, seu filho, Henrico. Não só ela perdeu o Henrico, como seu pai Raphael; amigo que aprendi a amar, por amar muito minha amiga Flavinha e saber que não haveria no mundo ninguém que a amasse mais que o "Rosinha".

Amigos de longa data que marcam meu coração e meu corpo com uma tatuagem que eu e a Flavinha fizemos a uns bons 12 anos no pé. Minha primeira e única tatuagem. Um candi chinês, que meus amigos japoneses Kazuo e Yayoi, já confirmaram seu significado. Não, não fomos enganadas, de fato a tatuagem significa amizade. A Flávia anos mais tarde tatuou novamente a sua amizade e a transformou em flores, "rosas" talvez, mas me assegurou que nunca iria tapar a nossa amizade.

Meus pés nas areias de Japaratinga/AL

E não tapou. A vida sempre nos uniu, até pelo sangue como primas distantes dos Athayde. Na infância  gostava do André (até casei com um), seu primo, hoje marido de minha amiga de terceirão de Floripa, Alethea (verdade em grego), pais da Chiara, afilhada da Flávia e do Rosa e a nova amiga lageana do Theo (Deus em grego), quem sabe minha futura nora, hehehe.

Na adolescência nossos narizes foram o trauma da identificação da nossa união. Na vida adulta as questões como casamento, amor, idade, profissão, amizades, vida, filhos, etc., sempre se afinaram na forma de entender a realidade. Enfim, nossa amizade só cresceu e se fortaleceu. Como a esperança de dias melhores.

Camila, eu e Flá - Ano novo 2008/2009

Mas, a vida é uma caixinha de surpresas ou como bem disse a Flávia, hoje, em seu e-mail: "a vida é cheia de acontecimentos bons e ruins, a sequência de acontecimentos diários é o que faz a nossa historia.". E, o Henrico com sua passagem, como toda certeza, fez muitas histórias mudarem de vida. A minha, definitivamente, mudou.

Um pouco antes do Henrico falecer eu vivia meu inferno astral. Iria fazer 30 anos, mudar a década, tinha tido um ano basicamente marcado de desarmonia e desentendimentos no trabalho, na família de meu marido, na minha família, em menor proporção, nas amizades, nos relacionamentos, perdido meu cachorro, enfim um verdadeiro caos, um caos marcado pela minha própria tragédia pessoal.

Quanta ignorância, quanto egoísmo... 

Litoral de Alagoas - Eleições 2010

Um dos momentos que marcam essa minha mudança não estão apenas na dor que experimentei com a perda do filho dos meus amigos, meu quase sobrinho, mas no amor e na gratidão que senti ao ver meu filho vivo, rindo e sorrindo, como o lindo sorriso do Henrico - nosso anjo da guarda.

Meu filho Theo

Passei a valorizar os bons momentos da vida e envergonhada de reclamar fomos viajar. Brindar a vida e reafirmar os laços de amor e de amizade que me unem a minha família, aos meus amigos, ao meu ser. E, embalada no meu livro de férias em pleno semestre (Pare de reclamar e concentre-se nas coisas boas) reafirmei meus propósitos de vida e estou no desafio de não mais reclamar, criticar ou falar mau dos outros. Já completo 1 dia e meio.

Assim, ao ser promovida num dia e semi-demitida no outro; ter desistido do curso para o concurso dos meus sonhos; por meu filho querer ir para a casa dos padrinhos ou dos avós menos ficar em casa; ter discutido com meu marido chegando ao casamento em que fomos abençoar o amor dos noivos como padrinhos; termos chegado em Alagoas e nos perdemos tanto que fomos parar em Pernambuco com fome numa tarde chuvosa; por não poder curtir o mar por a água estar fria; e, por receber mais um pedido de afastamento pelos alunos da turma que vou assumir no final do mês; só me resta agrader a Deus por todas essas oportunidades de vida.

Meu ideal de vida - (a)mar e paz

Pois, por vias tortas, consegui traçar meu rumo, demonstrar e obter o reconhecimento do meu trabalho pelo meu novo chefe, já no caso do meu marido e filho percebi que é preciso ceder para ganhar e entendi, por fim, que em viagem todo erro é também o melhor acerto quando não se conhece nada. Havia esquecido a Pollyanna que havia em mim. A Flávia hoje a trouxe de volta nesse convite a vida que segue abaixo:

Não gastem o tempo com coisas que não lhe ofereçam nada em troca, não gastem o rico tempo com besteiras fúteis e inúteis. Aproveitem com seus queridos e não deixem para depois. A VIDA É MUITO FRÁGIL, pode não ter amanha ou depois para muita coisa. Eu fui dar uma cochilada no carro e nunca mais vi o meu Henrico e nós não provocamos isso, isso mostra como a vida é.
Por isso, hoje faço a vocês um convite parecido com o que a Flávia me fez: Venham a aula no fnal do mês e se dêem, me dêem uma oportunidade de desenvolvermos um bom momento de vida, já que não havia nesse semestre muitas opções para ambos os lados. Tenho certeza de que livres de preconceitos podemos ter chances de desenvolvermos uma grande amizade, afinal, ainda conservo a minha no pé!

Valeu Henrico!

Força Flavinha!!! Força Rosinha!!!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Uma conversa no MSN

Professora,
Por que tem pessoas que quando acham que sabem de algo, se tornam arrogantes??
Dizem que o poder sobe na cabeça das pessoas...
Por que o estudo sobe na de algumas?!


Carolina diz:
Porque o ser humano é podre.
Quando tem uma atitude assim é pequeno e vazio, mas acha que consegue impor seu poder por sua supremacia imbecil.
Pode saber mais que você, mas nunca será melhor do que você agindo assim.
Por que quem te tratou assim?

Eu sou assim, e, eu concordo plenamente com você.

Carolina diz:
Você é arrogante?
Eu já fui, mas não vale à pena.
A vida é maior que isso

Às vezes, eu acho que é uma das formas que eu acho pra tentar suprir algumas coisas que faltam na minha vida. 
Difícil você entender isso.
Você é extremamente humilde, por isso eu vim pedir conselhos pra você.
Essa questão de ser pequeno, vazio, é assim que me sinto.
E, é por isso que eu busco mudar, busco ser humilde, mas é tão difícil.
Ser humildade é uma dádiva.


Carolina diz:
Relaxe.
Esse é o segredo.
Não leve tudo a serio.
Descontraia.
E, o principal:
Aceite as pessoas como elas são.
Guarde para você as falhas delas.
Esse é o seu trunfo.
E, só o use se precisar.
Não fira por ferir, porque ai quem se fere é você.
Sacou?


Eu firo sem querer, profe.
Na maioria das vezes.
Curta isso aqui.
Vou mandar pra você.

. . . diz:
*tá bom. tá bom..
*hsuahsuahsuahsuahsuahs
*você tirou 6.5 na prova né?
*7,5

. . . diz:
*meu q chato você
*perdi 0.7 porque não falei que STF é Supremo Tribunal Federal, STJ é Superior Tribunal de Justiça
*e por aí vai
*haha
*podia ter tirado 8,2

. . . diz:
*isso. . humilhe... agora da uns pulinhos em cima pra ter certeza q eu fiquei bem no chão....
*uahsuahsaushauhsuahsauhsuahs brincadeira

*quanto você tirou meu amor?
*eu vi sua prova de longe... você não sabia a estrutura do judiciário
*você é inteligente flor...
*tem que se esforçar um pouquinho mais
*eu te ajudo no que puder
*e você me ajuda no que souber
*vai por mim coração... você consegue chegar lá em cima
*mas se você não se esforçar não vai dá :/
*você só vai ter um diplominha na tua parede..

Foi sem querer, sabe??????? Mas, eu fui muito idiota.
Afe.
Não foi com intenção de machucar ela.


 Carolina diz:
Nossa! Não acho isso não.
Acho que você foi super sensato.
Ainda ofereceu ajuda.
Foi humilde, sim. Em querer compartilhar o seu conhecimento.
Não se sinta mal.
Você agiu muito bem em minha opinião.
Ela que não estudou, não se esforçou por algum motivo que eu desconheço.

Porra, profe!
Eu só acho um absurdo a pessoa chegar na 4ª, 5ª fase e não saber a estrutura do judiciário.
Não saber o que é o STF, STJ e não saber o que é uma jurisprudência.
Eu gosto dela.
Só quis ajudar de uma forma que não ofendesse.

Carolina diz:
Você não ofendeu ao meu ver.

Ela disse que estudou muito, que se esforçou muito.
O que quê eu vou fazer?
Não sei, eu acho que ofendi...


Carolina diz:
Nem sempre falamos a verdade...
Pode ser que ela tenha mascarado os fatos ou só passou a estudar agora.

Sabe o que acontece?
A pessoa não estuda o semestre inteiro.
Vai lá, estuda 8 horas sem parar e acha que se matou estudando, aí dá nisso!

Carolina diz:
Sim, isso mesmo.
Muitos alunos meus vão levar ferro na G2 porque não estudaram ao longo do semestre.
A prova é única no semestre e todos já sabem disso. Desde a apresentação do plano de ensino.
Ai vão estudar dois dias antes e acham que vão se dar bem.
Tomará que se dêem, mas acho pouco provável.
Na verdade, vão poucos para o exame porque tem boas medias de G1.
Mas, é assim muitos levam desta forma.


 Profe, você disse que eu não fui arrogante porque você se colocou no meu lugar, e, você falando isso para alguém é diferente. Porque você é alguém que sabe, você é muito inteligente, você estudou muito quem sou eu pra falar alguma coisa??????
Eu tenho mais é que abaixar a cabeça.

Carolina diz:
Obrigada, mas acho que minha grandeza ta na minha experiência, e te confesso, me sinto muito burra ainda.
Sou um eterno aprendiz.
Hoje mesmo, aprendi muitas coisas na visita com os alunos da 5ª fase ao Juizado Especial Cível.

Todos são.
Como você faz pra atingir essa humildade?
Estou dando pra ti uma tarefa bem mais difícil do que dar aula, isso que dar aula deve ser muito difícil.
Tem que ser muito foda.



Carolina diz:
É difícil mesmo, mas é viciante.
Sei lá, a vida me ensina sempre.
Estou sempre pronta para enfrentar a dor ou o amor.
Gosto da verdade, por mais dura que ela seja.
Cresço com a dor e me curo no amor.
Vejo o simples e nele descubro o belo, o mais belo.
Não priorizo o material, o meu espírito é que deve ser grande.
Acho que o segredo é que me permito sentir qualquer sentimento, e não tenho vergonha dele.
Sempre fui muito chorona, nossa, choro muito.
Por tudo.
Sou hipersensível, e, já senti vergonha por isso.
Aprendi a lidar com esse sentimento e hoje choro sempre que quero; não me afeta que seja na frente dos outros.
Permito-me.

Também já me senti o bicho da goiaba.
Eu era muito feia.
Muito nariguda na minha opinão.
E, depois que fiz plástica, mudei de dentro para fora e não fora.
Passei a ter autoconfiança e me abri para o mundo.

Oi, você pode chamar a Carolina professora?
Não conheço a Carolina poeta.
Prazer!!!
Você vem sempre por aqui?
hehehheh
Muito bonito tudo que você escreveu profe.
Muito mesmo.

* eu era muito feia
*muito nariguda na minha opinão
*e depois que fiz plástica,
*mudei de dentro para fora e não fora
*passei a ter autoconfiança
*e me abri

O segredo é ficar bonito(a) então??? heheheheh
Estou brincando.

Carolina diz:
heheheh
Não foi a plástica estética reparadora que me mudou.
Foi a minha atitude perante o mundo.
Tudo é atitude.

Mas coooooooomo?

Carolina diz:
Sei lá, me deixa pensar...
Eu passei a me achar bonita; e, nem acho que meu nariz ficou perfeito.
Pensei que fiquei linda, e me tornei.
Deixei de andar de ombros encolhidos.
Abri meu peito e segui pela vida assim a partir daquele momento.


Muito bom!
Vou meditar um pouco.
Preciso refletir
Obrigado pelos conselhos, minha profe, minha amiga!

Carolina diz:
De nada!
Você é lindo, só precisa se abrir.
E seu processo será rápido.
Se permita.
Eu crio o meu filho sem medos
Ele acha que o lobo mau é amigo dele.
Eu tenho medo de me abrir, por isso não me abro.
Tenho medo do resultado

Carolina diz:
Não tenha.
Tais perdendo tempo.
A dor sempre existirá.
Deixe que ela chegue o quanto antes.
Porque há muitas coisas lindas por vir depois dela.


Você salva as conversas?
Gostaria que você me mandasse essa.
Para eu guardar aqui.

Carolina diz:
Não, mas tava pensando em publicar no meu blog.

Tem minha permissão.

Carolina diz:
Legal, obrigada.

Publica, aliás, segredo nosso, tá?

Carolina diz:
Então a coluna dessa semana será essa!
Fechadíssimo, segredo editorial, hehehe.

Certo!
Vou sentar, preciso mesmo dar uma pensada.
Há algum tempo vejo que estou me tornando alguém que não quero ser; o pior de tudo é você ver isso e não conseguir mudar, mas eu vou conseguir... hehe
Beijo profe!

Carolina diz:
Lógico que vai!
Beijos!

sábado, 12 de junho de 2010

Lages, minha história, minhas raízes

Lages dos Meus Tempo de Guri

 “Vamos ver se nos lembramos de detalhes daqueles tempos,
 naquela terra tão fidalga, a Princesa da Serra."

Saudade dos dos meus tempos de guri. As moças dirão, dos tempos de guria. De repente era o tempo das bolinhas de gude, que em Lages eram chamadas de bolas de vidro. Havia um tipo mais especial, que eram as paulistinhas. Tempo das Pandorgas, da funda (atiradeira), das balas com figurinhas premiadas, etc...


Tinha o passeio na praça João Costa, nos finais de semana, quando as moças desfilavam nas calçadas e o rapazes ficavam na rua, que estava fechada ao tráfego. Lembram da sessão de domingo do cine Marajoara. Na hora da saída, o bar marrocos ficava lotado. Alguns tomavam uma cuba libre, outros pediam um creme "Rei Alberto". O pessoal ficava discutindo os sucessos esportivos do Time do "Aliados". Todo mundo dizia que o bar da moda era o da dona Vera e Seu Henrique. O Garçom era o Alfredo.


Os bailes no clube 14 ou no primeiro de Julho ou no Princesa eram maravilhosos. As orquestra "Suspiros de Espanha" e o conjunto do "Norberto Baldof" visitavam Lages e todo mundo comparecia e dançava com sua namorada de fé.A grande maioria até hoje estão unidos curtindo os netos. As exposições eram motivo de encontro para todos.


Me lembro de uma festa no Santa Rosa, quando os rapazes podiam adentrar o ambiente . Lembram-se dos pic-niques no despraiado do Paulo da Tafona? Vamos citar os colégios da época: Grupo Vidal Ramos, Escola da Dona Ida, o Coleginho São José. Depois a turma fazia o admissão e ingressava do Colégio Vidal Ramos, no Diocesano, ou no segundo grau do Santa  Rosa (só para meninas). Neste colégio tinha o internato. Professores - no Vidal Ramos: Galileu, Husadel, Argeu Furtado, Paulo Michels, Delwing, Carlinhos Wagner, Dona Nídia, Dona Lourdes. O secretario Julinho, Horacio Lenzi, Roberto Ferreira, Jorge Barroso, Dona Leda, Henkmayer, Hibelmar, e outros. Ajudem a acrescentar nomes. No Diocesano: O Teacher Neiva, os freis Odorico, Junípero, Adelino, Prof. Walter Dachs, solicito ajuda para acrescentar nomes. No Santa Rosa: As meninas falavam muito nas Irmãs: Ivone, Erotides, Claudete, Marlize, Dulcema e Alcina., Professores: Walter, Rute Mendonça e Ilze Amaral.


Havia as academias de oratória, Rui Barbosa e Frei Veloso. No grupo de Escoteiros tinha o chefe Heliodoro Muniz. Havia o time de futebol de salão Helio Moritz, com seu campeões. No sinuca Carajá, reuniam-se esmerados jogadores e assistentes. Dizem que o seu João Andrade era o expert no jogo de carambola.


Vamos lembrar ao acaso alguns nomes de personalidades e  figuras populares lageanas: Seu Vidalzinho, Sr. Estevam Freitas e seu aviaozinho, maestro Ponce, Dr. Armando Carvalho, Dr Joao Costa, Dr. Araujo , Dr. Célio, Dr. Acacio, Dr. Joaquim Ramos o Seu Mario Portugues, o Fiuza Carvalho, Teodorico Moritz Carvalho, Celio Castro, Guiorzi, o Gamborgi, o Furtado, Srugo, Socas, Rodolfo, Krebs, Vieiro, João Araújo Vieira, Tácio, Dona Lotinha, Dr. Bastos, Dr. Heliziario, Mario Souza, Sebastião Lopes,  Lucena, o Braesher, Paulo Broering, etc... Sobrenomes: Waltrick, Sell, Bianchini, Coelho, Arruda , Vieira, Araujo, Ribeiro, Ramos, Carvalho, Moritz, Furtado, Gamborgi, Neves, Varela, Koech, Ávila, Wagner, Antunes, Duarte, Costa, Carnevali e por aí vamos. Podem acrescentar. Aliás, peço que acrescentem.


O segundo Batalhão Rodoviário, com seus integrantes, comandantes, oficiais e sargentos que criaram raízes em Lages. Não vamos, nos preocupar com ordem cronológica. Basta citarmos nomes ou fatos, que já estaremos lembrando a historia de Lages daquela época. Podemos inclusive, no inicio deste trabalho, postergamos a correção do Português, pois isto é um rascunho em aberto à cooperação dos contemporâneos.


Não podemos deixar de citar o Dom Daniel Hostin, o frei Adelino, o Padre Antídeo Vargas Festas: Haviam as festas da Santa Cruz, São João etc..., que duravam dias. A procissão de Corpus Christi e a procissão das lanternas acesas. As noites do céu de Lages eram super povoadas de estrelas. O frio era de gelar os pés. Cinemas: O Poeira, o Marajoara, o Tamoio, e depois o Marrocos. A Radio Clube de Lages e depois a Diário da Manha e a Princesa.


Me lembro que Lages teve até a TAL= Transportes Aereos Lageanos, TAC, Cruzeiro do Sul e Varig. Estabelecimentos Comerciais: O Armazéns tipo o do Seu Avelino Troian, onde se comprava com caderneta. A Galeria da Moda, Farmácia do Sr. Silva, a Bota de Ouro, o Bertuzzi&Ribas, O Hoepck, o Buatim, a Selaria Lelé dos Carsten, o Urgel Camargo, o Foto Rex e Foto Bampi, a Funerária, etc... Os cafés onde os fazendeiros acertavam as negociações de gado e pinheiro e o famoso dinheiro à juro. Haviam as corridas de carros. Na politica a competição era entre o PSD e a UDN. Por hoje paramos aqui.


Cada um que receba esta mensagem, acrescente alguns detalhes guardados na memoria e repasse. Isto é apenas um exercício de recordação daqueles tempos e daquela terra que embalou nossa juventude. Acabei de me lembrar que haviam também os carros de mola, a pomada minancora, a parquetina, biotonico Fontoura, Revistas O Cruzeiro e Manchete, fogão Geral ou Walig, o capilé, Crush, Glostora, Gumex, Pilulas de vida Dr. Ross e muitas outras marcas famosas. Se esqueci alguma coisa, mais uma vez peço que acrescente e repasse.


Abraços Eraldo Carvalho, lageano, militar, atualmente morando em Curitiba e Balneario Camboriú.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Eliminar as frustações

Mudanças sempre vem para o bem, uma vez me disse meu tio quando estavamos nos mudando de Balneário Camboriú para Joaçaba. Bem, confesso que o inicio dessa experiência não foi muito agradável, muitas resistências em enfrentar a nova realidade. Mas, como todo ser vivo, não fugi a lógica de Darwin, e consegui me adaptar a nova morada, todavia não a nova cidade.

Jardim da nossa casa

Engraçado que passados três anos e picos, ainda não consigo me adaptar a este lugar. Aqui me sinto oprimida, abafada, sem ar. E não descubro o motivo. Já tentei buscar explicações na história local. Em dados sociológicos. Nas personalidades de quem aqui vive. Em seus modos de vida. Mas, não encontro um parâmetro para auferir meu desconforto. 

Ontem em um agradável café durante a XI Jornada Jurídica, patrocinado pelo meu aluno e amigo Gustavo, conversava com outra aluna que me confidenciava sua vontade em mudar de Joaçaba. Perguntei a ela o que a motivava, razões familiares ela me disse. Também comentei com ela sobre minhas intenções em buscar novos horizontes, já que não escondo de ninguém meu descontentamento, o que devo parar de fazer, e, sabiamente, ela relacionou esse meu desconforto com a posição geográfica de Joaçaba!? 

                           
                                            Joaçaba, Santa Catarina

Como assim??? Segundo sua teoria, lugares que se desenvolvem em vales, nos causam essas sensações, já que em lugares planos podemos tranquilamente avistar o horizonte e respirar o ar. Acho que deve ser por isso amo o litoral. Meu horizonte certamente é o mar.

Lembro que quando morava em Balneário, por diversas vezes ao olhar o mar, quando estava sentada na areia da praia ou assim que abria a cortina do meu quarto para dar bom dia ao novo dia, sentia uma grande sensação de paz e tranquilidade ao olhar meu horizonte.

                              
                           Ilha das Cabras - Balneário, vista de todas manhãs

Às vezes me apego a essa nostalgia. Sempre acreditei que Joaçaba seria uma boa cidade para criar meus filhos, constituir minha família e desenvolver minhas atividades profissionais. Mas, em algum momento, esse sentimento se perdeu. 

O que será que me desiludiu em Joaçaba? Ou será que nunca aceitei de verdade nossa vinda para cá? Enfim, já não me interessam mais as respostas. Cansei de procurar os motivos. Sei que preciso eliminar de vez essa minha frustação.

Ainda me restam mais 2 anos nesse lugar. Aqui quero ter uma filha, joaçabense, aumentar a prole enquanto aguardamos a conclusão dos estudos do André, além de aproveitar esse tempo para desenvolver com mais afinco minha preparação para a diplomacia, a qual certamente me possibilitará trocar muitas e muitas vezes de lugar. E, experimentar, sempre que possível, novos ares, novas culturas, novas pessoas e, principalmente, novos oceanos. Então, viva Joaçaba!

                                   

domingo, 23 de maio de 2010

E, desperta a advogada!

MANDAMENTOS DO ADVOGADO

Eduardo Couture

"ESTUDA - O Direito se transforma constantemente. Se não seguires seus passos, serás cada dia um pouco menos advogado.


PENSA - O Direito se aprende estudando, mas exerce-se pensando.


TRABALHA - A advocacia é uma luta árdua posta a serviço da Justiça.


LUTA - Teu dever é lutar pelo Direito, mas no dia em que encontrares o Direito em conflito com a Justiça, luta pela Justiça.


SÊ LEAL - Leal com teu cliente, a quem não deves abandonar senão quando o julgares indigno de ti.  Leal com o adversário, ainda que ele seja desleal contigo. Leal com o Juiz, que ignora os fatos e deve confiar no que dizes.


TOLERA - Tolera a verdade alheia na mesma medida em que queres que seja tolerada a tua;


TEM PACIÊNCIA - O tempo se vinga das coisas que se fazem sem a sua colaboração;


TEM FÉ - Tem fé no Direito como o melhor instrumento para a convivência humana; na Justiça, como destino normal do Direito; na Paz, como substituto bondoso da Justiça; e sobretudo, tem fé na Liberdade, sem a qual não há Direito, nem Justiça, nem Paz!


ESQUECE - A advocacia é uma luta de paixões. Se a cada batalha, fores carregando a tua alma de rancor, dia chegará em que a vida será impossível para ti. Terminando o combate, esquece tanto a vitória como a derrota; e,


AMA A TUA PROFISSÃO - Trata de considerar a advocacia de tal maneira que, no dia em que teu filho te peça conselhos sobre o destino, consideres uma honra para ti propor-lhe que se faça advogado. "