domingo, 12 de agosto de 2012

Breve Descrição de Pai

Ao meu pai.

"O pai na verdade só começa a ser pai mesmo, depois que os filhos nascem; até então é um mero coadjuvante que só participa do processo sem estar efetivamente comprometido.

Não sofreu com as dificuldades do ventre avolumado, do seio crescente, das roupas que não são confortáveis..., sequer pode se queixar que as pernas incharam e que os exames de rotina incomodam.

Por isso, que o homem só começa a ser pai, efetivamente, quando os filhos nascem.


Aí, sim, o homem exercita todas as suas habilidades; só não consegue amamentar porque a natureza não lhe permite, mas, quanto ao resto ele tenta ser igual a uma mãe.

Limpar cocô, xixi, vômito como a mãe ele até tenta, mas não consegue. Ficar acordado é muito difícil, pois no dia seguinte tem que trabalhar; tenta ser solidário nas noites de cólica, mas...

Nas tarefas mais fáceis, como escolher a roupinha que será usada, ele também tenta; e, a medida que os filhos crescem, as dificuldades do pai vão aumentando:

- Ter o olho cuidadoso para evitar quedas e batidas;

- As bronquinhas para corrigir os desvios;

- A educação e os bons hábtitos;

- Auxiliar nos deveres da escola, etc.

Tudo ele tenta como a mãe..., mas, não consegue.

Aí, o pai vira avô e acha que conseguirá fazer com os netos o que já tentou fazer com os filhos e não conseguiu.

Só então cai a ficha: por mais que ele tenha tentado, ele não consegue substituir a mãe.

Pode ser companheiro, educador, parceiro, confidente, zelozo, provedor, o adjetivo que queiram, mas no fundo, no fundo,

Pai, é com muito orgulho, uma Vice Mãe!

                                 Luiz Carlos Lopes Corrêa."


Te amo muito minha vice-mãe!